Combo: A noiva do tradutor e Sol artificial
A noiva do tradutor
Uma das vozes de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea, João Reis apresenta neste romance um dia na vida de um tradutor à beira do desespero desde a partida de sua noiva. Assim que o protagonista se vê sozinho, tudo na cidade parece desagradável, mesquinho e patético.
Somos imersos, então, na consciência ranzinza deste tradutor, que vaga pelas ruas tentando encontrar algum prazer que o distraia, algum alívio para suas dores do coração. No entanto, é como se o mundo fosse visto por janelas sujas: as pessoas que convivem com ele na pensão parecem grotescas, todos do mercado editorial não passam de bandidos gananciosos, e os escritores são meros diletantes.
Ecoando obras-primas da literatura europeia, como Fome, do norueguês Knut Hamsun, e diversos livros de prosa ácida do austríaco Thomas Bernhard, A noiva do tradutor emprega uma narração que força o leitor a enxergar o mundo pelos olhos de um homem desesperançado, que alterna entre um racionalismo frio e uma necessidade de crer em qualquer coisa que possa tirá-lo do marasmo: até mesmo numa cartomante. O resultado é, como a crítica já apontou, mordaz e hilariante.
João Reis nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1985. Atualmente, é tradutor literário, especialista em línguas nórdicas, tendo traduzido para português livros de Knut Hamsun, Halldór Laxness e August Strindberg. É autor também de Quando servi Gil Vicente, A avó e a neve russa e A devastação do silêncio (semifinalista do Prêmio Oceanos de 2019). A noiva do tradutor é a sua primeira obra a chegar ao público brasileiro.
13,5 x 20,8 cm | 128 páginas | capa mole
ISBN 978-65-5826-004-2
Sol Artificial
A internet, as redes sociais e a overdose de informação mudaram por completo nossa sociedade mas será que mudaram que nós somos enquanto seres humanos? Em seu livro de estreia, o argentino J. P. Zooey confronta o existencialismo de uma era marcada pela onipresença da tecnologia em todos os setores da sociedade.
Em pequenas narrativas, conectadas por uma carta que o autor escreveu a si mesmo com uma lista de tudo aquilo o que vale a pena lembrar nessa vida, Zooey nos conduz por uma galeria de personagens inusitados, como o homem que acredita ser um vírus de computador e a sobrevivente de Auschwitz que pensa ter encontrado Deus no chuvisco de uma televisão fora de sintonia.
Publicado originalmente em 2009, o livro gerou um abalo sísmico nas letras latino-americanas, inclusive no Brasil, onde foi adaptado ao teatro por Luiz Felipe Reis. Além disso, Sol artificial capturou a atenção do público porque o autor se escondia por trás desse enigmático pseudônimo, inspirado em um personagem de J. D. Salinger. Apenas em 2017 descobriu-se o rosto do homem por trás do nome.
E agora o leitor brasileiro pode enfim mergulhar neste universo inquietante, movido a uma prosa experimental que nunca deixa de lado um profundo humanismo.
J. P. Zooey é argentino, nascido em Buenos Aires em 1973, e formado em Jornalismo pela UBA. É autor de diversos livros como Los eletrocutados e Manija. Sua obra foi adaptada ao teatro no Rio de Janeiro pela Polifônica Cia. Sol artificial é seu primeiro livro publicado no Brasil.
Tradução: Bruno Cobalchini Mattos
Capa: Luiz Fortini
13,5 x 20,8 cm | 160 páginas | capa mole
ISBN 978-65-5826-002-8
Código | 385 |
Categoria | Literatura |